Reflexão do Evangelho - Sábado 07 de Fevereiro
Reflexão do Evangelho
Mc 6, 30-34 -
Regresso dos Doze Apóstolos
Sábado 07 de Fevereiro
Logo após ter
recebido a notícia da morte de João Batista, os Apóstolos retornam a Cafarnaum.
Lá, encontrava-se Jesus rodeado por uma multidão, pois sua fama se espalhara
por toda a parte. Os Apóstolos, alegres com o sucesso do que tinham feito e
ensinado, são convidados por Jesus a irem a um lugar solitário “para descansar
um pouco”. Expressão que também indica seu desejo de dar-lhes um ensinamento
pessoal, e que nos faz lembrar as palavras ditas por Ele em outra ocasião: “Virá
um tempo em que a verdade dita na intimidade será proclamada sobre os
telhados”. Os Apóstolos, dois a dois, tinham ido de cidade em cidade para
anunciar o Evangelho e curar os enfermos. Eram como viandantes, desapegados de
tudo. Deixavam-se gastar no serviço aos irmãos, agora, terão de reservar o
tempo necessário para a prece e para o devido descanso. “E foram de barco a um
lugar deserto, afastado”.
No entanto, a multidão não abandona o Mestre, segue-o aonde quer que ele
vá. Movida talvez por curiosidade ou por gratidão pelos benefícios recebidos. O
evangelista S. Marcos registra o fato de ela ter chegado antes de Jesus e de
seus discípulos. Ao vê-la, Jesus “teve compaixão dela”, “pois estavam como
ovelhas sem pastor”.
O olhar de Jesus,
penetrando o coração dos que lá estavam, reflete a própria solicitude de Deus. Suas
palavras então traduzem a atitude do bom Pastor, que cuida do rebanho e vai “até
à profundidade da terra para buscar a ovelha desgarrada” (S. Irineu). Jesus
quer congregar os que estão longe e reunir, na unidade da fé, os que,
porventura, se encontram fisicamente afastados. Todos estão atentos, sua voz
lhes soa como a voz de Deus falando no deserto a Moisés e ao povo de Israel. Naquele
instante, revela-se aos Apóstolos, mais claramente, o sentido da missão que eles
tinham recebido: O olhar misericordioso de Jesus. “E começou a ensinar-lhes
muitas coisas”. Seus corações ardiam, e eles sentiam o inacessível de Deus tornar-se
presente na discreta e humilde doação de Jesus, em seu abraço generoso e
despretensioso.
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