Reflexão do Evangelho Segunda-feira 23 de Fevereiro
Reflexão do Evangelho
Mt 25, 31-46 - O
último julgamento
Segunda-feira 23 de Fevereiro
Com
voz branda e serena, Jesus descreve o último julgamento. Suas palavras
transmitem confiança e esperança. O fim dos tempos não será dissolução
aterradora do mundo atual, nem será causa de medo e de temor. S. João
Crisóstomo comenta: “Assim como o Senhor disse a Tomé: ‘coloque aqui teu dedo’,
nessa ocasião de sua vinda gloriosa, Ele mostrará suas chagas e sua cruz, e
todos hão de reconhecê-lo como aquele que foi crucificado. Sinal salutar,
grande, esplendoroso da benevolência divina”. Haverá, sem dúvida, necessidade
de uma preparação adequada para esse encontro decisivo com o Senhor, descrito
como cumprimento misericordioso e eterno do desígnio divino de salvação. Momento
triunfal do retorno do Filho de Deus, que veio para salvar-nos e não para nos
condenar. O temor e a incerteza dissipam-se, e nós contemplamos nele a
realização das promessas de salvação.
Ansiosos, os discípulos aguardam para logo a manifestação de Jesus em
sua glória. A expectativa é grande. Porém, Ele os surpreende ao falar de um
rei, apresentado como o bom pastor, que estará separando as ovelhas dos
cabritos, os bons dos maus, não como acusador, mas como defensor e advogado. Os
bons, que se comportam como o Samaritano, com “entranhas de misericórdia”,
ocuparão os lugares que lhes foram reservados desde o início pelo Pai. Porque
quando tive fome, me destes de comer, e se senti sede, me destes de beber;
quando fui forasteiro, me recolhestes, e se estive nu, me vestistes; quando
estive doente, me visitastes, e na prisão, viestes ver-me.
Espantados, eles lhe
perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, sede, nu, sem casa ou doente?
Mas o Senhor lhes responderá: Digo-vos uma coisa: cada vez que o fizestes a um
desses meus irmãos mais pequeninos, fizeram-no a mim. Também aos maus, Ele
conclui dizendo: Todas as vezes que recusastes ajuda a um desses pequeninos,
negaram ajuda a mim. A respeito dessas palavras, S. Agostinho fala “de dois
tipos de povo, como há dois modos de amar. Um é santo, outro é egoísta. Um está
sujeito a Deus, outro quer se tornar igual a Ele”. Os que estão “sujeitos a
Deus” praticam as obras de misericórdia, reconhecidas e exaltadas por Jesus, que
as autentica quando diz terem sido feitas a Ele mesmo.
O juízo final,
escondido nas brumas do futuro, torna-se desde já uma realidade em nossa vida.
Nossos atos têm valor eterno, e efetivam o desígnio do amor de um Deus, que espera
nossa doação de vida aos nossos semelhantes. “Senhor Jesus, sede o Mestre do nosso
coração, para que sempre nos anime a mesma caridade com que nos amastes”.
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