Reflexão do Evangelho - Sexta-feira 06 de Fevereiro
Reflexão do Evangelho
Mc 6, 14-29 - Morte
de João Batista
Sexta-feira 06 de Fevereiro
O Evangelho de São Marcos, de onde foi retirada a citação acima, relata
a morte de João Batista como uma espécie de prelúdio à missão redentora de
Jesus. Ele é apresentado como precursor do Cristo por sua morte, como o foi por
sua pregação. Muitos cristãos chegam a apontar semelhanças entre os dois. Ambos
foram profetas e ambos testemunharam a verdade, ao preço de sua própria vida.
João Batista foi assassinado por ordem de Herodes, e Jesus, depois de ser
entregue a Pôncio Pilatos por seus adversários, morreu na cruz.
Quantos seguiram Jesus no martírio, fortalecidos em seus corações pelo
amor a Deus e por sua verdade! João Batista preferiu afrontar o ódio do rei, em
vez de negar os mandamentos de Deus apenas para adulá-lo. Embora aconselhado
por João a deixar o pecado do adultério, porque
Herodes vivia em concubinato com a mulher do próprio irmão, o rei preferiu
livrar-se do homem que o advertia de seu erro.
Observa São Pedro Crisólogo: “A virtude torna-se indesejável para aqueles que
são imorais; a integridade é motivo de sofrimento para os corruptos; a
misericórdia é intolerável aos cruéis”.
Orígenes descreveu os últimos momentos da vida de João
Batista, mostrando que o profeta morreu com a certeza de dever cumprido: “João reprovava Herodes com a liberdade de um profeta. Levado à prisão por
causa disso, não temia a morte, mas somente pensava no Cristo que ele tinha
anunciado. E não podendo ir ao seu encontro, envia dois de seus discípulos para
interrogá-lo: ‘És tu aquele que deve vir?’. Os discípulos retornam, relatando
ao seu mestre o que o Salvador tinha dito. Então, João, armado para o combate,
morre com segurança”.
O poder de Deus é amor, e o amor quer a liberdade do amado. Tudo depende
da decisão pessoal de cada um. É o admirável apelo à conversão, ao qual Herodes
permaneceu insensível. Com sua morte, João Batista proclama que a fé ultrapassa
os conceitos meramente humanos e se concretiza, antes de tudo, na comunhão com
o Deus vivo. Em Deus o pecado é banido e a morte é vencida. A vitória é da
vida, da vida nova em Jesus.
Será que estamos prontos para morrer por
Jesus, por Sua verdade e por Sua justiça? Para isso é
importante ter uma consciência esclarecida e uma vontade vigorosa. Só assim
reconheceremos o pecado e rejeitaremos decididamente o mal. Ao escolher o bem,
estaremos “procurando a santidade, sem a qual ninguém pode ver a Deus” (Hb
12,14).
Comentários
Postar um comentário