Reflexão do Evangelho de domingo 24 de janeiro
Reflexão
do Evangelho de domingo 24 de janeiro
Lc
1,1-4; 4,14-21 - Jesus em Nazaré, início de sua pregação
No
deserto, Jesus se recusa a fazer milagres em proveito próprio, sem beneficiar
alguém, para legitimar a sua missão; rejeita-os como tentação do demônio. Impulsionado
pelo Espírito, Ele é conduzido à Galileia, e sua fama espalhou-se por toda a
região. Ele percorre aquelas pequenas cidades que se estendem em volta do lago
de Genesaré, ensinando nas sinagogas e curando os enfermos. “E era louvado por
todos”.
A
atuação pública de Jesus inicia-se com sua visita à sinagoga de Nazaré, em que lhe
é entregue para ler um trecho do profeta Isaías, que anunciava o
Messias-profeta dos últimos tempos. Todos estão atentos à sua pregação, e ficam
bastante surpresos ao ouvi-lo dizer que a profecia de Isaías estava se
realizando “aqui e agora”. Obviamente, essa declaração de Ele ser a presença da
força eficaz e renovadora de Deus, o novo Moisés, que iria conduzir o povo à
terra prometida do Reino de Deus, assusta e logo surge a pergunta: “Não é este
o filho de José? ”. Ele, porém, prossegue o seu caminho.
“O
ungido com o Espírito Santo”, Jesus, anuncia o Evangelho, a boa notícia do amor
e da misericórdia, mas também a sua realização, libertando os cativos e
oprimidos; restituindo aos cegos, a luz; proclamando um ano da graça do Senhor,
ou seja, a sua permanência salvadora no mundo. Nesse sentido, por ser portador
permanente do Espírito divino, dirá S. Irineu: “Ele nos salva e nos torna
participantes da superabundância dessa unção”.
Como o Espírito Santo está unido ao Filho por
toda a eternidade, e Ele é a unção messiânica do Filho, que se fez carne, assim
também Ele está unido à Igreja, seu corpo eclesial. Numa visão ampla, comenta
S. Irineu: “O Espírito desceu sobre o Filho de Deus, que se tornou Filho do
homem, acostumando-se, juntamente com Ele, a habitar no gênero humano, a
permanecer em meio aos homens”. Por conseguinte, ao aceitarmos essa dádiva
divina, o Espírito Santo, somos introduzidos no coração da Trindade, pois, no
dizer de S. Atanásio, “Deus se fez portador da carne, para que o homem pudesse
tornar-se portador do Espírito”.
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