Reflexão do Evangelho de quarta-feira 13 de janeiro



Reflexão do Evangelho de quarta-feira 13 de janeiro
Mc 1,29-39 - A cura da sogra de Pedro


       Logo no início de sua vida pública, Jesus costumava ir à casa de Simão, que vivia em Cafarnaum. Certa feita, vendo a sogra de Pedro doente, Jesus dela se aproxima e, tomando-a pela mão, Ele a levanta da cama. O fato de a febre passar imediatamente, graças ao toque de Jesus, faz com que São Jerônimo suplique: “Que o Senhor toque também nossa mão, para que sejam purificadas nossas obras, que Ele entre em nossa casa, para que nos levantemos para servir”. Ao entardecer, já curada, a sogra de Pedro servia-os.
Ao curar os doentes, Jesus nos prepara para um tipo de vida mais autêntico, aberto à liberalidade de Deus e ao seu inesgotável amor. Nossa mão estará sempre estendida àquele que está caído para levantá-lo e transmitir-lhe novo ânimo. Faremos o mesmo com os que estão angustiados ou acorrentados às realidades materiais. A todos iremos comunicar a Boa-Nova do Evangelho, pois quem se deixa tocar pelo amor de Jesus se ergue e estará pronto a servir o pão da misericórdia e da bondade aos seus semelhantes.
Com a cura da sogra de Simão Pedro, a fama do Mestre correu de boca em boca e se espalhou por toda a região. Os vizinhos e habitantes da cidade “levaram-lhe todos os enfermos e possessos do demônio”, e Ele, impondo as mãos sobre cada um, os curava e os libertava dos espíritos imundos. Seu amor é sem limites. E, coisa espantosa! Ele atendia às súplicas de todos e restabelecia a vitória da paz sobre a violência, da bondade sobre a maldade. Todo o povo vinha a Ele, como dirá São Máximo, pois “quanto mais eficaz aquele que cura, tanto mais importuno se torna o sofredor”.
Ao raiar do dia, como era seu costume, Jesus saiu e foi para um lugar solitário, pondo-se em oração. Em vários momentos, nós o encontramos em oração durante horas e, até mesmo, ao longo de noites em claro, o que suscita em nós uma inquieta interrogação: podemos abandonar a oração? O exemplo de Jesus desperta a convicção de que só teremos uma relação pessoal com o Deus vivo se orarmos ou mantivermos com Ele, uma “conversação”, diz Evágrio. Santo Agostinho lembra-nos que a oração não tende a atrair Deus para nós, pois “Ele é mais íntimo a nós que nós a nós mesmos”, ela nos permite não apenas nos aproximarmos dele, mas sim tomarmos consciência da sua proximidade. Ressoam, então, as palavras de S. Macário: “Senhor, tudo está em Ti, eu mesmo estou em Ti, acolhe-me! ”.

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