Reflexão do Evangelho do dia 11/09/2012


Reflexão de Dom Fernando Antônio Figueiredo para:
Terça-feira – 11 de setembro
Lc 6, 12-19: Escolha dos Apóstolos
      
       No início de sua vida pública, Jesus escolhe doze homens para serem seus amigos e apóstolos. Eles serão a base para a constituição da Igreja por ele instituída. O evangelista situa a escolha dos Doze antes de o Senhor proferir o Sermão da Montanha, carta magna da vida cristã. Naquela importante ocasião, Jesus, como nos momentos mais significativos de sua vida, retira-se para orar. Escreve s. Ambrósio: “Ele não pede ao Pai por ele, mas ele julga oportuno suplicar ao Pai por nós como nosso advogado”.
       Dentre os discípulos, ele escolhe Doze, aos quais dá o nome de Apóstolos. “Apóstolo” vem da palavra grega, cujo significado é “enviado”. Tem o sentido de missionário, mas principalmente de delegado, representante: “Quem vos escuta, a mim escuta”, diz o Mestre. E é como representante do Pai, seu enviado e primeiro “Apóstolo”, que Jesus se apresenta. Ao mesmo tempo, ele é reconhecido como o Sumo Sacerdote da Nova Aliança. Os Apóstolos o serão à sua imagem: “Ó Pai, como me enviaste ao mundo, eu também os enviei ao mundo”. Assim escreve S. Ambrósio: “Eles são semeadores da fé para tornar presente no mundo o auxílio da salvação dos homens. Presta também atenção ao desígnio divino: ele não escolheu para o apostolado pessoas sábias, ricas, nobres, mas pescadores e publicanos, pois não devia parecer que eles atrairiam as multidões, por causa de sua sabedoria, nem que as comprassem com suas riquezas. Muito menos as atraíssem à graça divina por força de seu prestígio e de sua nobreza. Prevalecia o argumento intrínseco da verdade, não a atração do discurso”.
       Os Apóstolos terão uma missão específica. S. João Damasceno confessa que Jesus os escolhe para que, “através deles, nós que somos homens miseráveis e terrenos, possamos chegar aos bens celestes”. Eles passam, a Igreja continua. Igualmente, a missão deles se estende no tempo, mediante seus sucessores. Mais tarde, os Atos dos Apóstolos falam de Paulo e Barnabé, vindos posteriormente e que recebem o mesmo título de apóstolos. Forma-se o colégio apostólico, perpetuado no colégio episcopal, do qual os bispos estarão integrados como sucessores dos Apóstolos. Não se pode esquecer o caráter de delegado, testemunha da Tradição, função a ser exercida pelo bispo como “sinal de unidade na caridade”, no dizer de S. Inácio de Antioquia.
       “Senhor Jesus Cristo, vós sois o Filho de Deus e o Salvador do mundo. Inflamai meu coração com um ardente amor por Vós e com uma fé inabalável em vosso poder salvador. Recebei minha vida e tudo o que eu tenho como uma oferta de amor a Vós, pois Vós sois meu Deus e meu tudo”.
  

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