Reflexão do Evangelho de quinta-feira 18 de agosto
Reflexão do Evangelho de quinta-feira
18 de agosto
Mt 22, 1-14 – Parábola das Bodas
Nas Escrituras, uma das mais belas
imagens do céu é o banquete ou a celebração das bodas dada por um rei em honra
de seu filho. Para participar do banquete, que representa a salvação oferecida
pelo Reino de Deus, há uma condição: ser livre interiormente, pois tudo deverá
dar lugar a esse convite. Quando chegou a hora da ceia e seu servo foi avisar
aos convidados: “Vinde, está tudo pronto”, eles começaram a se escusar por
terem outros afazeres. Comenta S. Cirilo de Alexandria: “Eles desdenharam o
convite, porque estavam voltados para as coisas terrenas e tinham concentrado
sua mente nas vãs distrações deste mundo”. Eles abandonam o essencial e
importante, o Reino de Deus que estava chegando e que exige uma resposta
imediata, por causa do que julgam urgente: um diz ter comprado um terreno e é
necessário ir vê-lo; “outro foi para o seu negócio, e os restantes, agarrando
os servos, os maltrataram e os mataram”. Diante do fato de os primeiros terem
sido reprovados, o rei diz aos servos para irem pelas praças e pelas ruas da
cidade, convidando os que eles encontrassem, “bons e maus”.
O desagrado do rei mostra-se
justificável, pois, aos convidados originais para a festa, foram enviados convites
com muita antecedência, com tempo suficiente para se prepararem. Recusando,
eles lhe negavam a honra que lhe era devida.
Alusão clara à atitude das autoridades de seu tempo, criticada por Jesus,
embora Ele deixe transparecer o desejo de que, também eles, participem da
alegria do Reino.
Os que, posteriormente, foram conduzidos ao banquete, maus
e bons, pecadores e estrangeiros, recolhidos ao longo das estradas, revelam que
o convite é para todos. Da mesma maneira, os Apóstolos hão de convidar não só as
ovelhas perdidas da casa de Israel, mas também os publicanos, pecadores e
estrangeiros. No entanto, um alerta é dado tanto para os que recusaram o
convite como também para os que, aceitando-o, se aproximaram indignamente da
festa, pois se o Reino é dom gratuito, ele exige, porém, uma correspondente
prática de vida, significada pela veste apropriada para a festa. Deus chama a
todos, sem forçar; Ele bate à porta e espera a nossa resposta: se nós queremos,
sim ou não, acolher e viver o Evangelho do amor e da misericórdia.
Dom Fernando Antônio Figueiredo, OFM
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