Reflexão do Evangelho - Segunda-feira, 06 de março
Mt
25, 31-46, O último julgamento
Com voz branda, serena, Jesus fala do último
julgamento. Suas palavras transmitem confiança e esperança, pois o encontro
definitivo com Ele será o cumprimento misericordioso e eterno do desígnio
divino de salvação. A este respeito, comenta S. João Crisóstomo: “Assim como o
Senhor disse a Tomé: ‘coloque aqui teu dedo’, nessa ocasião de sua vinda
gloriosa, Ele mostrará suas chagas e sua cruz, e todos hão de reconhecê-lo como
aquele que foi crucificado. Sinal salutar, grande, esplendoroso da benevolência
divina”. É o retorno do Filho de Deus, Jesus, que veio não para nos condenar,
mas para nos salvar; exige-se a vigilância, “apelo para que cada pessoa sempre
o espere e sempre se empenhe no serviço aos pobres e desvalidos”.
Aos
que aguardam o Reino dos Céus e vivem a comunhão com Deus no amor e no serviço
aos seus semelhantes, será concedido o perdão. Nesse sentido, observa S.
Agostinho: “Como há dois modos de amar, há dois tipos de povo: um santo, outro
egoísta; um sujeito a Deus, outro querendo se tornar igual a Ele”. Os que estão
“sujeitos a Deus” praticam as obras de misericórdia, reconhecidas e exaltadas
por Jesus, que as autentica, ao dizer: “Cada vez que fizestes o bem a um desses
meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes”. Ao contrário, os que se mostram
indiferentes aos seus semelhantes ouvirão: “Todas as vezes que recusastes ajuda
a um desses pequeninos, foi a mim que negastes ajuda”.
O
perdão e a salvação são oferecidos a todos, mesmo aos pecadores e publicanos,
convocados a serem curados pela paciência e pela misericórdia divinas, e a
viverem a unidade no amor. Se, por vezes, as parábolas destacam a atitude de
rejeição à mensagem do Reino de Deus, elas também não deixam de manifestar o desejo
de que a salvação se estenda a todos, sem exceção, estejam ou não preparados. Cada
um é reenviado à ação misericordiosa do Pai, que o renova e lhe permite começar
de novo seu caminho com nova esperança. A justificação não termina jamais: a
vida é uma ascensão contínua, que supõe conversão e arrependimento sincero, demonstrados
no amor e no serviço ao próximo, atos que adquirem valor eterno, pois expressam
a própria doação de vida do Senhor. “Senhor
Jesus, sede o Mestre do nosso coração, para que sempre nos anime a mesma caridade
com que nos amastes! ”
DEUS lhe abençoe e lhe ilumine. Obrigado p/ reflexão D. Fernando.
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