Reflexão do Evangelho - Segunda-feira, 27 de março
Jo
4, 43-54 - Cura do filho de um funcionário real
Aproxima-se de Jesus um dos funcionários
do “rei” (basilikós), que significava, na realidade local, o tetrarca Herodes
Antipas, ao qual, segundo costume romano, tinha sido entregue o governo sobre a
Galileia. Vindo de Cafarnaum, aquele homem, angustiado e aflito, se dirige a Jesus
e suplica-lhe que “fosse curar seu filho, que estava à morte”. Habitualmente,
Jesus aproveitava essas ocasiões para avivar no coração dos que dele se
aproximavam o arrependimento e a sede de vida nova. Por isso, dirigindo-se a
ele e aos demais que o acompanhavam, Jesus enfatiza a necessidade da fé, pois o
milagre resulta do amor gratuito e misericordioso de Deus.
Não
compreendendo bem o que lhe era dito por Jesus, numa súplica respeitosa e
emocionante, o funcionário insiste em conduzi-lo ao seu filho. Tal exigência
era desnecessária, pois para Jesus bastava uma palavra e uma mínima centelha de
confiança para curar. Fixando seus olhos no funcionário, transmite-lhe segurança
e tranquilidade ao dizer: “Podes ir, teu filho vive! ”. Imediatamente, sem
titubear, o pai retornou à sua casa. Ainda a caminho, vieram-lhe ao encontro
seus empregados para comunicar a cura do seu filho. Ao saber que a febre se
tinha afastado, justamente, pela uma da tarde, na “mesma hora em que Jesus lhe
havia dito: ‘Teu filho está vivo’”, ele e sua família se convertem à fé e tornam-se
discípulos do Senhor. Diante desse fato, exclama S. Hilário de Poitiers: “A
cura, sinal do mistério da salvação, se realizou no filho e na família, sem que
Jesus entrasse na casa” e tivesse contato com o enfermo, prova do poder de
intercessão de um pai por seu filho.
Pasmos e, ao mesmo tempo, confortados, os
discípulos reconhecem em Jesus a presença do poder e da misericórdia de Deus. A
serenidade invade seus corações e, em meios aos males físicos e espirituais,
que irão enfrentar ao longo de seu ministério apostólico, eles permanecerão
confiantes no Senhor.
+Dom
Fernando Antônio Figueiredo, ofm
DEUS lhe abençoe e lhe ilumine. Obrigado p/ reflexão D. Fernando.
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