Reflexão do Evangelho do dia 14 de Dezembro de 2012
Reflexão de Dom Fernando Antônio
Figueiredo para:
Sexta-feira – 14 de dezembro
Mt 11, 16-19: Julgamento de Jesus
sobre sua geração
À guisa
de crianças que brincam de “casamento” e “enterro” na praça, umas cantando
modinhas alegres, outras não acompanhando; umas entoando lamentações, outras
não se interessando, os ouvintes de
Jesus, como os de João Batista, mostram-se indiferentes às suas palavras. O
Mestre suspira com tristeza e pergunta: “A quem, pois, hei de comparar os
homens desta geração?” Em seu sentido semítico, o termo geração adquire diversos
sentidos. No Evangelho indica um apelo à penitência e à conversão. Àquela geração
é chegada a hora de Deus, a hora da graça, tempo propício para festejar com
alegria a presença do esposo, que proclama a boa nova do Reino.
Ora, não reconhecendo Jesus como o
Messias esperado e desejado, os chefes religiosos chamam-no de glutão e de
beberrão, amigo dos publicanos e dos pecadores. Interpretam-no erroneamente. Pois
Jesus não é amigo do pecado, diante do qual ele é particularmente severo,
condenando-o. Seu gesto de acolhida expressa o objetivo de sua missão: trazer a
salvação aos que se reconhecem pecadores e aos que são presença da misericórdia
divina. Atitude que S. Agostinho relaciona com a humildade, “sem a qual não há
esperança de salvação”.
Se a proclamação da boa nova é causa
de grande alegria para os que a ouvem, ela não deixa de ser uma advertência aos
que a recusam. Há uma exigência: ser ou não de Deus. Quem ouve a mensagem de
Jesus tem o coração aberto para Deus e participa do desígnio divino da salvação.
Movido pela certeza na fé de que o Senhor é amigo dos pecadores, pelos quais ele
deu a vida, uma impaciência, uma pressa toca o coração do discípulo no desejo
de ultrapassar-se para atingir o soberano Bem, que saciará suas aspirações e
expectativas. Desde já ele participa da imortalidade.
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