Reflexão do Evangelho de Lc 4, 38-44 - A cura da sogra de Pedro - Quarta-feira 03 de Setembro
Reflexão do
Evangelho de Lc 4, 38-44 - A cura da sogra de Pedro
Quarta-feira 03 de
Setembro
Logo
no início de sua vida pública, Jesus costumava ir à casa de Simão, que vivia em
Cafarnaum. Certa feita, vendo a sogra de Pedro doente, Jesus dela se aproxima
e, tomando-a pela mão, Ele a levanta da cama. O fato de a febre passar
imediatamente, graças ao toque de Jesus, faz com que São Jerônimo suplique: “Que o Senhor toque também nossa mão, para que sejam
purificadas nossas obras, que Ele entre em nossa casa, para que nos levantemos
para servir”. Ao entardecer, já curada, a sogra de Pedro servia-os.
Ao curar os doentes, Jesus nos convida a estender nossa mão
àquele que está caído para levantá-lo e transmitir-lhe novo ânimo no encontro
com a Palavra do Senhor. Façamos o mesmo com os que estão angustiados ou
acorrentados às realidades materiais. A todos comuniquemos a Boa-Nova do
Evangelho, pois mesmo caído, quem se deixa tocar pelo amor de Jesus vai se
erguer e estará pronto a servir o pão da misericórdia e da bondade aos seus
semelhantes.
Com a cura da sogra de Simão Pedro, a fama do Mestre correu
de boca em boca e se espalhou por toda a região. Os vizinhos e habitantes da
cidade “levaram-lhe todos os enfermos e possessos do demônio”, e Ele, impondo
as mãos sobre cada um, os curava e os libertava dos espíritos imundos. Seu amor
é inesgotável. Desse amor vem sua divina capacidade de atender às súplicas de todos
e nos faz pensar nas palavras de São Máximo: “Quanto mais eficaz aquele que
cura, tanto mais importuno se torna o sofredor”.
Ao raiar do dia, como era seu costume, Jesus saiu e foi para
um lugar solitário, pondo-se em oração. Em vários momentos, nós o encontramos
em oração durante horas e, até mesmo, ao longo de noites em claro, o que
suscita em nós uma inquieta interrogação: podemos abandonar a oração? O exemplo
de Jesus desperta a convicção de que só teremos uma relação pessoal com o Deus
vivo se orarmos ou mantivermos com Ele, uma “conversação”, diz Evágrio. Santo
Agostinho lembra-nos que a oração não tende a atrair Deus para nós, pois “Ele é
mais íntimo a nós que nós a nós mesmos”, ela nos permite não apenas nos
aproximarmos dele, mas sim tomarmos consciência da sua proximidade. Ressoam
então as palavras de S. Macário: “Senhor tudo está em Ti, eu mesmo estou em Ti,
acolhe-me!”
Dom Fernando Antônio Figueiredo, o.f.m.
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