Reflexão do Evangelho de Lc 8, 16-18 - Como receber e transmitir a mensagem de Jesus - Segunda-feira 22 de Setembro

Reflexão do Evangelho de Lc 8, 16-18 - Como receber e transmitir a mensagem de Jesus
Segunda-feira 22 de Setembro

       O pecado é “o sonho da alma”, a vida espiritual é o crescimento na graça e na luz divina. Nesse sentido, para transmitir a mensagem do Reino de Deus, Jesus emprega a imagem da luz ou da lâmpada, imagem bastante familiar ao precursor João Batista, e também a Ele, que permanece oculto sob a humildade de sua “carne” e de sua Palavra. Para os judeus, a luz exprime a beleza interior do homem e é reflexo da glória de Deus, manifestação de sua bondade e verdade. O salmo (104,2) a descreve como a vestimenta em que Deus se envolve e “a sua Palavra é a lâmpada que guia os nossos passos”.
Em sua benevolência, Jesus ilumina as trevas de nossa vida, com sua luz sem ocaso, sem mudança, jamais eclipsada. Ele é Luz que brilha nos corações dos que creem em sua Palavra, permitindo-lhes contemplar a realidade divina do Reino de Deus. Com São Sofrônio, dizemos: “Em nossas mãos, levamos mãos círios acesos para significar a luz eterna daquele que vem a nós. Então, afastam-se de nossa alma as terríveis trevas e somos iluminados com o resplendor de Cristo”. Cabe-nos, porém, optar: sermos “filhos das trevas” ou “filhos da luz”. Os que acolhem a luz divina são purificados e, de seus corações, afastam-se as trevas do erro, da mentira e do pecado. Revestidos com as armas da luz, eles se deixam guiar pelo calor do amor a Deus e ao próximo: “por acaso, acende-se uma lâmpada para colocá-la debaixo de uma cama?” Diante destas palavras do Mestre, Clemente de Alexandria interroga-se: “Para que serve uma sabedoria que não torna sábio quem é capaz de entendê-la?”
       Ao chamar seus seguidores de “luz do mundo”, Jesus antevê, em nossos corações, “o bem presente em nós”, bem concedido pelo próprio Deus, capacitando-nos para anunciar seus ensinamentos e testemunhar sua Palavra. Porquanto, no dizer de S. Agostinho, “somos dispensadores e não usurpadores” da Palavra, e nosso coração, repleto da luz de Cristo, torna-se o infinito espaço de Deus e acolhida ilimitada do próximo.


 Dom Fernando Antônio Figueiredo, o.f.m.

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