Reflexão do Evangelho de segunda-feira 09 de maio
Reflexão
do Evangelho de segunda-feira 09 de maio
Jo 16,
29-33 - Jesus fala claramente aos Apóstolos
Mais uma vez, os Apóstolos confessam a origem
divina de Jesus. Para eles, a linguagem do Mestre é clara, sem figuras ou
enigmas: “Tu falas abertamente e vemos que sabes tudo e não tens necessidade de
que alguém te interrogue”. Não duvidando da sinceridade dos Apóstolos, Jesus
lhes pergunta: “Credes agora? ”. Seu desejo é fortalecê-los na fé, não ainda
suficientemente sólida para resistir a iminente tragédia, que irá se desenrolar
naquela noite: sua prisão e flagelação. Com efeito, à hora de sua Paixão, eles iriam
se dispersar, cada um para seu lado. Porém, uma certeza devia confortá-los: a
sua vitória final e a reunião deles na unidade, como anunciavam os profetas
para os tempos messiânicos.
Mais tarde, após passarem por um longo e
exigente processo, eles serão imperturbáveis e demonstrarão uma fidelidade
inconteste. No momento, apesar de seus protestos de firmeza e lealdade, o
Mestre os alerta e os prepara para sua Paixão: “Eis que chega a hora – e ela
soou – e me deixareis sozinho”. Também eles terão a “hora das trevas”, e se
dispersarão, como o Povo eleito, entregues às suas próprias forças.
No
entanto, em sua bondade misericordiosa, Ele lhes recorda o fato de Ele ter
vindo “para reunir na unidade os filhos de Deus dispersos”; e Ele não está só,
o Pai, que o enviou, está com Ele: é a fonte e a garantia de suas palavras e
ações. Ao final, ao dizer: “Tende coragem! Eu venci o mundo! ”, Ele assegura que
a sua vitória é também a vitória de seus seguidores, que, nas palavras de S.
Agostinho, “tiveram fé e venceram”. Mas, continua Agostinho, “em quem creram, a
não ser nele? Pois ele não teria vencido o mundo, se o mundo tivesse vencido
seus membros”.
Por conseguinte, eles nada têm a temer: Jesus
não abandona os seus seguidores, deixando-os entregues aos ataques inimigos; Ele
os confirma e os reúne em sua paz. Germano de Constantinopla proclama: “A coroa
de espinhos, que o Salvador levou sobre sua cabeça, antes de ser crucificado, é
confirmação de sua vitória, pois Ele havia dito: tende confiança, eu venci o
mundo”. Por sua vez S. Agostinho conclui: “Graças sejam dadas a Deus que nos dá
a vitória – e acrescenta imediatamente – por nosso Senhor Jesus Cristo”. A
relação íntima dos discípulos com Jesus traduz sua relação com o Pai. Assim, logo
após, Ele dirá: “Eu neles e tu em mim, para que sejam perfeitos na unidade e
para que o mundo reconheça que me enviaste e os amaste como tu me amaste” (Jo
17,23).
Dom
Fernando Antônio Figueiredo, OFM
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