Reflexão do Evangelho de sexta-feira 13 de maio
Reflexão do Evangelho de sexta-feira 13 de
maio
Jo 21, 15-19 - Pedro é confirmado em sua
missão
Depois
de passarem a noite tentando pescar, os filhos de Zebedeu, Pedro, Tomás e
Natanael, no raiar do sol, avistaram na bruma da manhã, um homem à praia que
lhes gritou: “Jovens, tendes algo para comer? ” Pergunta que normalmente faziam
aos pescadores, tão logo eles se aproximavam da margem. Ao receber a resposta
que nada tinham conseguido, disse-lhes: “Lançai a rede à direita do barco e
achareis”. Atendendo ao seu conselho, lançaram a rede e logo ela estava repleta
de peixes, tantos que eles “não tinham mais força para puxá-la”.
A névoa começa a dissipar-se.
João então vislumbra a face do estranho e, voltando-se para Pedro, sussurra: “É
o Senhor”. Ouvindo isso, Pedro se atira ao mar e vai ao encontro de Jesus, que
os esperava na praia, ao lado de algumas brasas acesas, “tendo por cima peixe e
pão”, aos quais eles juntaram mais alguns peixes. Silenciosos e confusos, eles se
aproximam dele e, sentando-se, comeram calados. À dispersão dos Apóstolos, após
a morte do Mestre, corresponde a reunificação deles em torno de Jesus
ressuscitado.
Após
a refeição, Jesus dirige-se a Pedro e, para surpresa dele, pergunta-lhe:
“Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes”? “Sim, Senhor”,
responde-lhe Pedro, “tu sabes que eu te amo”. Na terceira vez que o Mestre lhe
pergunta, Pedro, com voz embargada pela lembrança das três vezes que tinha dito
não conhecê-lo, responde: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo”. Se nas
duas primeiras vezes, Jesus lhe tinha dito: “Apascenta os meus cordeiros”, agora:
“Apascenta as minhas ovelhas”.
Pedro não se atreve a confessar
que o ama mais do que os outros, por isso, com delicadeza, Jesus mostra que o
fato de conduzir ao redil as suas ovelhas, não é um privilégio; é um convite
para seguir o caminho trilhado por Ele: caminho do sofrimento, da perseguição e
da cruz. Por isso, voltando-se para ele, diz Jesus: “Em verdade, te digo:
quando tu eras jovem, tu te cingias e andavas por onde querias; quando fores
velho, estenderás as mãos e outro te cingirá e te conduzirá aonde não queres”.
Se nas duas primeiras vezes,
ao fazer a pergunta a Pedro, Jesus empregou o verbo “agapein” (amar) para saber
se ele o amava, na terceira vez, Ele emprega o verbo “filein”, que expressa
amor, também amizade, convivência e a futura participação em sua missão
salvadora. Para S. Agostinho a amizade é uma atmosfera que penetra todas as
relações; é um projeto da liberdade; é a forma de amor, “a mais alta, aquela que
nasce do amor de Deus, pelo qual amamos o outro em vista de Deus e no outro
amamos o próprio Deus”. Esse amor permitirá a Pedro apascentar o rebanho do
Senhor e a estar pronto a glorificá-lo pela sua morte.
Dom Fernando Antônio
Figueiredo, OFM
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