Reflexão do Evangelho de Terça-feira – 04 de Fevereiro
Reflexão do Evangelho
de Terça-feira – 04 de Fevereiro
Mc 5, 21-43: Cura da
hemorroíssa e ressurreição da filha de Jairo
Será
que apresentamos ao Senhor, com fé e confiança, nossas dificuldades e angústias?
No Evangelho de hoje, Jesus transmite consolo e conforto a uma mulher doente e
a um pai angustiado. Lendo seus corações, Ele reconhece a fé que os anima e a
esperança que os encoraja a se aproximarem dele. São movidos não por razões,
meramente, humanas, mas pela confiança que nele depositam.
O pai angustiado,
chefe da Sinagoga, pede por sua filha, “significando, segundo S. Agostinho, o
povo judeu, enquanto a hemorroíssa representa a Igreja provinda do paganismo”. A
ação misericordiosa de Jesus dirige-se a todos, judeus e pagãos. Ao mencionar o
fato de que a mulher, doente como estava, devia permanecer segundo a Lei fora
da cidade, S. Jerônimo ressalta a grandeza dos sentimentos de Jesus e nos leva
a contemplar “a largura e o comprimento, a altura e a profundidade do amor de
Cristo” (Ef 3, 18).
A
ação de Jesus, curando a mulher, manifesta seu poder, “que habitando em seu
corpo, observa S. Hilário, dava eficácia às menores coisas, e a ação divina se
comunicava às franjas de sua veste. Pois Deus não é divisível nem limitado.
Ora, a fé atinge a todos por toda a parte e o poder divino está igualmente em
todos os lugares. O fato de assumir um corpo não cerceia seu poder. Pelo
contrário, o poder divino assumiu a fragilidade do corpo humano para,
justamente, manifestar nossa Redenção. E seu poder é tão infinito, tão liberal,
que a obra de salvação dos homens estava presente até nas franjas do manto de
Cristo”. De fato, Ele se fez um de nós, reintegrando nossa história humana no
desígnio divino, que nós, na experiência de nossa liberdade, pessoalmente
concretizamos quando, pela fé em sua Palavra, alcançamos o abandono total no
total dom de Deus.
A
cura da mulher hemorroíssa torna-se, na filha de Jairo, prenúncio de sua ressurreição.
O poder de Jesus, o Filho de Deus, curando e trazendo de novo à vida física,
atua ainda hoje concedendo-nos a cura física e espiritual, e tornando-nos novas
criaturas. A pergunta aos Apóstolos: “Quem me tocou?” não significa ignorância
do que aconteceu. Ele bem sabe quem o tocou e o que se passa no coração daquela
mulher e o que sucederá à filha de Jairo. Nada lhe escapa. Tudo sabe e tudo vê.
A sua misericórdia é infinita!
Dom Fernando Antônio Figueiredo, OFM
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