Reflexão do evangelho do dia 06 de Outubro de 2012


Reflexão de Dom Fernando Antônio Figueiredo para:
Sábado – 06 de outubro
Lc 10, 17-24: Alegria dos Setenta e Dois

        Jesus deixa claro que a verdadeira fonte de alegria é Deus, e só Deus. Em todas as circunstâncias, boas e más, instaura-se vitória do Reino de Deus sobre o império tirânico do “Príncipe deste mundo”. Ao voltarem da missão, os Apóstolos alegres exclamam: “Mesmo os demônios se nos submetem em teu nome”. S. Cirilo de Alexandria observa: “O poder sobre o demônio confirma a Palavra que Jesus mandou que eles anunciassem”. Enviados pelo Senhor, jamais movidos por ambição pessoal, eles colocam-se a serviço de Deus. Ao exprimir a vontade divina, eles preparam o Retorno glorioso do Senhor e sua vitória final sobre os poderes do mal.
           A seguir, para que eles conservassem a humildade e a simplicidade, Jesus declara ser o Evangelho um dom revelado pelo Pai “aos pequeninos” e “não aos sábios e inteligentes”. As vocações de Davi e de Jeremias, entre tantas outras, exemplificam a predileção de Deus pelos simples e humildes. Antevendo-os, Jesus exclama: “Ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai, nem quem é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar”. O verbo conhecer adquire, então, todo seu significado para exprimir a comunhão no pensar e no querer. A filiação de Jesus não é um simples título, mas é intimidade, comunhão total e perfeita com o Pai. Eis a grandeza das palavras de Jesus! Na intimidade divina, do Pai e do Filho, encontram-se os simples e pequeninos. Clemente de Alexandria observa que “os simples estão mais dispostos à salvação que os sábios, pois estes, confiando na sua inteligência, tornaram cegos seus próprios olhos”.
          Jesus convida-nos a abrir o nosso coração para ele, que se fez pobre por nós. Escreve S. Gregório de Nazianzo: “Senhor, suporta a pobreza de minha carne para que eu alcance os tesouros de tua divindade! Pois ele que tudo tem, de tudo se despoja. Por um breve tempo, despoja-se de sua glória para que eu possa participar de sua plenitude”. A maior riqueza, comunicada a nós, é a graça de fazermos parte da vida íntima do Pai. Essa é nossa verdadeira alegria.                                                                     

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