Reflexão do Evangelho do dia 30 de Outubro de 2012
Reflexão de Dom Fernando
Antônio Figueiredo para:
Terça-feira – 30 de
outubro
Lc 13,18-21: A parábola
do grão de mostarda e a do fermento
O
Senhor fala em parábolas, breves histórias, para que as pessoas de boa vontade
possam melhor compreendê-lo. Ele compara o Reino de Deus a um grão de mostarda e
ao fermento colocado na farinha para fermentá-la. Faz-nos compreender, no dizer
de S. Jerônimo, que “os fiéis recebem o grão da pregação e se nutrem com a fé
fazendo com que o pequeno grão germine e cresça no campo de seus corações”. O
grão torna-se uma árvore frondosa, “a tal ponto”, diz Jesus, “que as aves dos
céus se abrigam nos seus ramos”. S. Hilário de Poitiers comenta: “As aves do
céu, que se aninham entre os ramos da árvore, são os apóstolos, os quais se
dividem e se espalham a partir do poder de Jesus”. Por eles, a Palavra de Deus
é anunciada e chega a todos os corações. O mesmo irá dizer S. João Crisóstomo,
em relação à parábola do fermento, que leveda a massa: “Como o levedo se
difunde em toda a massa sem perder-se, mas antes pouco a pouco transforma toda
a massa em sua substância, o mesmo acontecerá com a pregação do Evangelho”.
A iniciativa é de Deus.
Os meios fermento e semente, ainda que simples, terão resultados
extraordinários. Os discípulos são, assim, instruídos pelo Senhor a respeito do
modo discreto e humilde de acolher o Reino de Deus e a sua mensagem.
Através
dessas breves e simples histórias, Jesus mostra que a grandeza de Deus se manifesta
na fraqueza e na pequenez. Os discípulos começam a compreender o que o Apóstolo
S. Paulo dirá mais tarde: “Porque quando me sinto fraco, então é que sou forte”
(2Cor 12,10). À leitura das parábolas, ouve-se o clamor: deixa Deus agir em tua
vida! O mesmo sucede em relação às verdades de fé. A este propósito escreve S.
Jerônimo: “Penso que os ramos da árvore do Evangelho, que crescem do grão de
mostarda são os dogmas diversos, sobre os quais descansam cada uma das aves do
céu. Tenhamos também nós asas de pomba para que, voando para o mais alto,
possamos habitar nos ramos desta árvore e fazer, para nós, ninhos dos
ensinamentos, fugindo das coisas da terra e correndo para as do céu”.
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