Reflexão do evangelho do dia 27 de Outubro de 2012
Reflexão de Dom
Fernando Antônio Figueiredo para:
Sábado – 27 de
outubro
Lc 13, 1-9: Convite à
conversão
No Evangelho de hoje, Jesus refere-se a
um dos incidentes ocorridos com seus ouvintes judeus. Pilatos perpetrara um
crime no próprio Templo ao profanar o lugar sagrado de adoração a Deus. Jesus
aproveita esse fato para lançar um convite à conversão. Conta-lhes uma parábola
ensejando despertar os discípulos para o fato de que ainda resta algum tempo,
embora limitado. Eles devem aproveitá-lo para “produzir dignos frutos de
penitência”. Convoca-os à renovação de vida. É a parábola da figueira estéril,
na qual ele destaca o “tempo da visita”, tempo de sua presença, essencial para
chegar a Deus. Porém, o tempo já
praticamente passou, não podemos nos demorar. Na sua breve passagem, nossa
resposta deve ser imediata e incondicional.
A
figueira, escreve S. Agostinho, “significa o gênero humano”, pois, em Jesus,
todas as pessoas são convocadas a uma vida nova, no amor e na misericórdia de
Deus. A parábola fala do viticultor que, após três anos, não encontrando
frutos, pensa em cortá-la. “Todavia, um homem compassivo” - continua S.
Agostinho – “intercede junto a ele, para que cave ao redor e coloque adubo, o
que indica paciência e humildade. Esperemos os frutos, pensa ele. Como, porém,
só uma parte dará frutos, outra não, virá o dono e a dividirá. Que significa
dividi-la? O fato de que há bons e maus, unidos no momento presente num único
corpo”.
Na literatura bíblica, “permanecer sob a
vinha ou sob a figueira” era sinal de paz e de bem-estar físico e social,
também espiritual, graças à meditação nutritiva das Escrituras. Por isso, o
fato de a figueira secar constituía para Israel símbolo temível de
infelicidade. E S. Cirilo de Jerusalém lembra que, ao contar esta parábola,
Jesus “justamente deseja que produzamos bons frutos. Que não nos ocorra o que
se deu com a figueira estéril, cortada e lançada fora”. Um apelo nos é feito.
Apressemo-nos, antes que venha o fim, e, pela nossa conversão, reconheçamos
Cristo como Senhor e Messias.
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