Reflexão do Evangelho do dia 04 de Maio de 2013
Sábado – 04 de maio
Jo 15, 18-21: Os discípulos e o mundo
No diálogo com seus discípulos, Jesus
demonstra seu interesse pelo que lhes sucederá, após a sua partida. Palavras
que refletem carinho e afeto. A resposta dos discípulos é imediata. Atitude
generosa e fecunda, que engendra, como fruto, a fecundidade apostólica da vida
fraterna. No entanto, não se exclui a perseguição, pois eles estão bem
conscientes do antagonismo existente entre Jesus e o “mundo”. Nada os
surpreende. A alternativa é clara e se lhes impõe: pertencer a Cristo ou ao “mundo”.
Optar por Cristo significa ser odiado pelo “mundo”. Por ser equívoco, o termo
“mundo” exige que se fale de dois “mundos” diversos, um criado por Deus e outro
contrário às realidades divinas. Nesse sentido, S. Basílio Magno exorta os
cristãos a evitarem o mundo “dos homens vãos e frívolos para estarem unidos a
Deus e à sua vontade”. O objetivo visado é a “euthymia”, que significa tranquilidade,
paz e felicidade.
No Evangelho de hoje, o termo mundo é
empregado em seu sentido negativo. Refere-se à sociedade das pessoas que são
hostis a Deus e se opõem à sua vontade, característica do ambiente incrédulo
que rodeia a primitiva comunidade cristã.
Sem titubear, os seguidores do Senhor permanecem
fiéis ao mandamento do amor fraterno, sinal indicativo do caminho a ser
trilhado por todos os que desejam cumprir a vontade do Pai. Aliás, em suas palavras,
Jesus não permite uma atitude dúbia. É necessário decidir-se, estar com ele ou
contra ele, pertencer ao reino da luz ou das trevas. Anteriormente, ele já os
alertara: “O servo não é maior que seu Mestre”. Se ele foi perseguido, também
os que lhe são fiéis serão perseguidos, por força de os adversários não admitirem
Aquele que os enviou.
Mas o Senhor não os abandona. Seu
olhar compassivo penetra seus corações e é com amor que Ele lhes promete enviar,
“de junto do Pai”, o Espírito Santo, “o Paráclito, o Espírito da Verdade”. Este
os manterá firmes até o fim no testemunho do Evangelho e então, escreve S.
Cirilo de Alexandria, “eles chegarão a participar da própria natureza de Cristo
e alcançarão a dignidade de filhos adotivos”.
Dom
Fernando Antônio Figueiredo, OFM
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