Reflexão do Evangelho do dia 15 de Maio de 2013


Quarta-feira – 15 de maio
Jo 17, 11-19: Oração sacerdotal de Jesus (II).

          Instituído no sermão da Montanha, o Colégio dos Doze foi se consolidando ao longo da vida e do ensinamento de Jesus. Ao Apóstolo Pedro foi confiado o governo da Igreja e a função de “confirmar seus irmãos na fé”. Os Doze receberam o poder de “ligar e desligar” e deverão perpetuar a eucaristia, a comunhão e o serviço mútuo. A unidade existente entre Pai e o Filho, em sua missão na terra, envolve agora os discípulos. No desejo de que sejam um e que o ardor da comunhão jamais esmoreça, Jesus roga ao Pai por eles e não só por eles, mas também pelos que hão de segui-los. De modo solene, ele ora: “Pai santo, guarda-os em teu nome - este nome que me deste – para que eles sejam um como nós somos um”.  
Jesus prepara os discípulos para sua partida iminente. Quer que eles participem de sua alegria, cuja plenitude é o fato de ele entrar, no dizer de S. Ambrósio, “na glória de sua filiação divina”. Porém, essa alegria não nega a cruz, nem os embates e as perseguições que eles sofrerão no anúncio da Boa-Nova.  Em sua bondade e carinho, Jesus não pede ao Pai que os afaste do mundo, mas que os preserve do mal, pois “eles não são do mundo, como eu não sou do mundo”. Por mundo entende-se o lado negativo a ser evitado, pois a eles cabe a função de atualizar, ao longo da história, o evento salvador, realizado plenamente por Jesus.
No diálogo amoroso com o Pai, numa linguagem eterna, Jesus os transporta aos umbrais da sua glória, revivendo o mistério de sua Transfiguração no Tabor. Ora por eles, ora por nós, para que também nós sejamos fiéis à vocação recebida. Exclama S. Cipriano: “Tão grande é a bondade e a misericórdia do Senhor em vista de nossa salvação, que, não bastando redimir-nos com seu sangue, quis ademais rezar por nós”. Assim, na humildade, reconheçamos nossa absoluta dependência de Deus, expressa na sua consagração ao Pai: “E, por eles, a mim mesmo me consagro para que sejam consagrados na verdade”. Reservados para Deus, consagrados na verdade, somos enviados a evangelizar.

Dom Fernando Antônio Figueiredo, OFM

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