Reflexão do Evangelho do dia 23 de Maio de 2013
Quinta-feira – 23 de maio
Mc 9, 41-50: O escândalo a ser evitado
Duas forças operam em
nossa vida: o poder da tentação e o poder da fé. Se o primeiro quer arrastar o
homem ao pecado, o segundo permite-lhe superar os obstáculos e vencer as
atrações do mal. O maior dos males é a ruptura com Deus e com os irmãos,
enquanto o maior bem é, justamente, a vida em Deus e a comunhão fraterna. Quão
grande foi o escândalo suscitado pelo bezerro de ouro, o cisma de Israel ou os
ídolos de Samaria! Não menos vigoroso e forte é o apelo para não ser causa de escândalo.
A palavra escândalo sugere a ideia de armadilha
ou pedra de tropeço, que provoca a queda de alguém. A gravidade de sua prática é
medida pelo castigo infligido àquele que o causa. As palavras do Mestre
mostram-se duras e severas ao dizer “que seria melhor para quem é causa de
escândalo atar no pescoço uma grande pedra de moinho e lançar-se ao mar”. S.
Agostinho comenta: “Jesus não se envergonhou de repetir três vezes as mesmas
palavras. Quem não tremeria diante desta repetição e desta ameaça, saída com
tal rigor da boca divina?”
Aos olhos de Deus, o
valor de cada um é inestimável, sobretudo, a salvação dos pequeninos, que
compreendem as crianças, também os pobres, os injustiçados e os desprezados,
representados na figura do pobre Lázaro. Ele deseja que todos se salvem, ninguém
se perca.
A seguir Jesus utiliza a
imagem do sal, recomendando: “Tende sal em vós mesmos e vivei em paz uns com os
outros”. O sal tira a insipidez do pecado e permite degustar Deus como verdadeiro
sentido de vida, o que leva o discípulo, para não ser causa de escândalo, a
sacrificar tudo: a mão, o pé e o próprio olho. Ele alcançará a verdadeira e
eterna vida e, desde já, selará uma “aliança de sal” ou “aliança perpétua” com
seus semelhantes e com Deus. Ele será
“sal da terra”.
Dom Fernando Antônio Figueiredo
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